Neurociências, Economia Comportamental e Finanças Comportamentais são temas que frequentemente são associados aos investidores e traders. Ter conhecimento sobre essas áreas pode ajudar o investidor a ter mais sucesso, evitando perdas e potencializando os ganhos.
A neurociência é uma disciplina interdisciplinar que combina elementos da biologia, bioquímica, psicologia e de outras áreas para compreender como o cérebro funciona e como ele influencia o comportamento, as decisões, a cognição e as emoções.
Além de sua importância na área da saúde, a pesquisa em neurociência tem implicações em diversas áreas, como economia, finanças e marketing. Da relação entre a neurociência e essas áreas do conhecimento surgiram vários estudos sobre "economia comportamental", "finanças comportamentais" e estudos sobre o "comportamento do consumidor".
Aqui vamos focar nas duas áreas relacionadas diretamente aos investimentos, que são economia comportamental e finanças comportamentais.
Essas duas áreas do conhecimento buscam entender como os grupos e as pessoas tomam decisões econômicas e como os fatores comportamentais e emocionais afetam nossas decisões e transações no mercado financeiro, como a compra e a venda de ações, a tomada de empréstimos, a economia de recursos para a aposentadoria, dentre outros.
Essas duas linhas de pensamento partem do pressuposto de que os indivíduos nem sempre agem de forma racional, especialmente quando se trata de questões financeiras, e que as emoções, os vieses cognitivos e outros aspectos psicológicos desempenham um papel significativo nas escolhas financeiras dos indivíduos.
E para entender isso, a gente precisa falar sobre o conceito de racionalidade limitada.
A teoria econômica clássica, mais tradicional, adota como pressuposto a hipótese de que somos racionais e que sempre usamos a razão para tomarmos nossas decisões.
Essa suposição considera que os agentes econômicos são capazes de processar todas as informações relevantes, avaliar todas as alternativas disponíveis e tomar decisões que maximizam sua utilidade. E que para isso, esses agentes têm acesso a informações completas e perfeitas.
Os estudiosos em finanças comportamentais questionam essa racionalidade!
Os estudos de economia comportamental e das finanças comportamentais propõem a hipótese de racionalidade limitada, influenciada por vieses de comportamento.
A racionalidade limitada sugere que, devido a restrições cognitivas e informações imperfeitas, as pessoas não podem processar todas as informações disponíveis de maneira completa e lógica, e por isso nem sempre tomam decisões que maximizam sua utilidade (obter maior satisfação possível utilizando seus recursos disponíveis) de forma estritamente racional.
Em vez disso, elas usam heurísticas (atalhos mentais) e fazem escolhas que podem ser satisfatórias em vez de otimizadas.
Segundo essa linha de pensamento, nossas decisões estão sujeitas a vieses comportamentais que nos auxiliam e muitas vezes prejudicam o processo de decisão e comprometem a conquista da independência financeira.
Alguns desses vieses podem ocorrer, por exemplo, quando uma informação recente altera nossa percepção de futuro, mas existem vários outros desses vieses.
O desempenho da Bolsa no último mês costuma ter esse efeito sobre a nossa percepção. Se a Bolsa teve um momento positivo, isso pode nos motivar a investir. E caso a bolsa tenha tido uma queda significativa, isso pode nos fazer adiar os planos de investimentos.
Não é preciso dizer que tomar decisão baseado neste tipo de vies não é uma boa decisão. Isso dá muita margem para o erro. No caso deste exemplo, é sempre importante lembrar que “performance passada não é garantia de resultado futuro”. E investir envolve conhecimento, técnica e estratégia.
Então conhecer os principais conceitos e áreas abordadas pela neurociência, economia comportamental e finanças comportamentais pode ser um diferencial para o investidor.
Quando tomamos conhecimento que nossa racionalidade é limitada e que fatores externos podem influenciar nossa tomada de decisão, podemos evitar algumas armadilhas no mercado financeiro. E somente depois de entender melhor isso e estudar sobre o tema vamos conseguir tomar melhores decisões em investimentos.
Os principais temas e conceitos estudados na economia comportamental e em finanças comportamentais incluem estudos sobre:
Como você pode ver, são muitos os fatores que podem influenciar nossa tomada de decisão. E isso tem implicações práticas no nosso desempenho nos investimentos.
Os principais autores e livros sobre economia e finanças comportamentais podem ajudar você a entender melhor sobre o tema e a aprofundar seus conhecimentos em investimentos.
Como você pode ver, são muitos os estudos e livros sobre o tema. Então aproveite essas dicas, aprofunde seus conhecimentos, evite cair em armadilhas e invista melhor!
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