O mercado financeiro é um Cassino?

O sucesso no mercado financeiro é uma questão de sorte ou de técnica?

Mercado Financeiro: Sorte ou Técnica?

Muitas pessoas se perguntam se a geração de riqueza no mercado financeiro é uma 'questão de sorte' ou se existem 'técnicas e estratégias' reais podem ser aplicadas para alcançar o sucesso nesse mercado.

Essa questão sempre provocou debates e por isso merece um esclarecimento para evitar maiores confusões. E já dando um 'spolier', o primeiro ponto que a gente precisa ter em mente é que embora o mercado financeiro seja arriscado, não é exatamente como um cassino. Mas vamos entender isso melhor!

Essa confusão acontece em função do grande número de relatos de pessoas que perderam dinheiro na bolsa. A maioria dos erros que as pessoas cometem ao investir geralmente acontecem porque elas não têm conhecimento suficiente, tanto sobre finanças quanto sobre estratégias de investimento.

Qualquer forma de conhecimento relacionado ao mercado financeiro é valiosa e pode contribuir para ampliar as oportunidades de sucesso nos investimentos. Isso engloba desde o entendimento dos princípios mais fundamentais até a aplicação de estratégias avançadas de investimento.

O ponto de partida reside na compreensão de conceitos simples, como os conceitos sobre juros simples e compostos, a valorização do dinheiro ao longo do tempo, a avaliação de riscos e da incerteza e a diversificação. Todos conceitos importantes no mercado financeiro.

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Os investimentos em bolsa são investimentos de risco por excelência, especialmente quando se trata de renda variável. E isso não é necessariamente ruim!

Investimentos com maior risco tendem a remunerar melhor que os investimentos menos arriscados. É uma relação direta entre risco e retorno. Da mesma forma, investimentos de menor risco tendem a remunerar menos.

No mercado financeiro, é possível conhecer os riscos de um investimento e qual é o  seu potencial de retorno, e com isso avaliar se o retorno esperado compensa o risco a ser assumido. E mesmo com risco, muitos investimentos são excelentes oportunidades no mercado. 

E é justamente por isso que o risco não é necessariamente algo tão ruim. Ele precisa ser avaliado com critérios e adequado ao perfil do investidor.

Utilizando informações do mercado e informações sobre o ativo de interesse (como risco e retorno) é possível tomar decisões mais adequadas, seguindo uma estratégia pré-definida para atingir seus objetivos com maior eficiência.

Quando as pessoas investem sem ter esse tipo de conhecimento, elas estão basicamente contando com a sorte e torcendo para não perder dinheiro

E o primeiro passo para evitar que isso aconteça, o investidor precisa conhecer e entender o conceito de risco e, principalmente, suas diferenças em relação ao conceito de incerteza.

Diferenças entre risco e a incerteza

Risco e incerteza são conceitos diferentes e precisam ser bem compreendidos no mercado financeiro. Apesar de serem conceitos relacionados, eles têm significados diferentes no contexto da tomada de decisões e na gestão de situações  de maior complexidade. 

A maioria de nós relaciona risco a algo ruim, como por exemplo o risco de perder dinheiro ou o risco de ocorrer algum acidente, mas esse conceito não está correto. O risco também pode envolver situações positivas, como ganhar na loteria.

Tecnicamente, risco refere-se a uma situação em que as possíveis alternativas e resultados são conhecidos, e a probabilidade de ocorrência de cada resultado pode ser estimada com base em dados históricos e análise estatística, o que permite seu cálculo e, consequentemente, a tomada de decisões.

Existem vários tipos de riscos a serem considerados, como por exemplo o risco de mercado (que envolve a volatilidade dos preços dos ativos), o risco de crédito (avaliados por agência de risco como a Moody's e a Standard & Poor's) e o risco cambial (relacionado às flutuações nas taxas de câmbio).

A incerteza, por sua vez, é muito mais difícil de ser avaliada. Ela ocorre quando não existem informações suficientes para calcular com precisão a probabilidade de resultados futuros ou quando as alternativas possíveis são desconhecidas.

Na presença da incerteza, as decisões são tomadas com base em suposições, julgamento subjetivo ou cenários hipotéticos, pois não há dados confiáveis para fazer previsões precisas. Como consequência, a incerteza no mercado financeiro pode gerar insegurança nos investidores, fazendo com que eles vendam seus ativos com medo de perder dinheiro.

Esse é o caso de cenários de incerteza política, como o resultado de eleições ou eventos geopolíticos, o caso de incerteza econômica, como o surgimento de crises financeiras ou recessões ou de eventos raros e imprevisíveis (chamados por Nassim Taleb de "Cisne Negro"), como a crise de 2008 ou a pandemia da Covid-19.

Como deu para perceber, existem diferenças significativas entre risco e incerteza, sendo que a principal diferença entre eles está na disponibilidade de informações e na capacidade de calcular a probabilidade de resultados futuros.

Então para não ficar dúvidas, o risco é mensurável e quantificável, o que permite a aplicação de estratégias de gerenciamento de risco, diversificação de investimentos ou cálculos de retorno esperado, enquanto a incerteza é mais comum em situações complexas, onde eventos imprevisíveis podem ocorrer e afetar os resultados de maneira inesperada.


O risco vem de não saber o que você está fazendo.” (Warren Buffett)

Como reduzir os riscos nos investimentos?

Como foi dito anteriormente, embora haja elementos de risco e incerteza nos mercados financeiros, eles não são um cassino no sentido tradicional. 

Os mercados financeiros desempenham um papel fundamental na economia global, facilitando o investimento, a alocação de recursos e o crescimento econômico. No entanto, é importante que os investidores estejam cientes dos riscos envolvidos e tomem decisões informadas com base em seus objetivos financeiros e na sua tolerância ao risco.

Um dos melhores caminhos para se proteger dos riscos é diversificar a carteira de investimentos, considerando inclusive fazer investimentos em renda fixa e renda variável, incluindo na carteira ativos de diferentes classes além do uso de estratégias combinadas.

Uma carteira bem balanceada pode ser a solução para limitar as perdas em tempo de crise e ainda permite aproveitar oportunidades do mercado com ações de valor, de crescimento e de dividendos. É importante lembrar que a diversificação não é simplesmente adicionar ativos sem critério na carteira de investimentos.

Existem técnicas para reduzir o risco da carteira sem que o retorno seja prejudicado. A gestão de riscos pode fazer muita diferença no desempenho do investimento e evitar que o investidor fique exposto demais aos riscos.

Então antes de investir, procure conhecer seu perfil como investidor, entender os riscos de cada tipo de investimentos e adequar aos seus objetivos.



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